Mudar ou Morrer

Mudar ou Morrer.

Mudar ou morrer?

Quanto mais eu converso com as pessoas sobre jiu jitsu mais eu acredito que estamos vivendo o melhor momento que o jiu jitsu já teve.

O que antigamente era raríssimo de se achar, pessoas profissionais que pensam em trabalhar em prol do todo se tornam cada dia mais comuns em nosso meio.

Entender o jiu jitsu como um organismo e que todos precisam trabalhar para alimenta-lo é o que nos fará crescer em todos os sentidos. E isso está acontecendo.

Atletas evoluindo a técnica e dando show nos campeonatos, que por sua vez ficam muito mais organizados e em maior numero (somente a IBJJF realizou 115 em 2019), academias prestando um serviço muito melhor e muito mais democrático, onde alunos de todos os perfis se sentem bem em fazer parte, adversários nos tatames trabalhando juntos para o bem de todos, tudo isso aliado a novas tecnologias e conhecimento para que possamos avançar em todos os campos relacionados ao mercado de jiu jitsu.

Nossa maior barreira infelizmente ainda é o professor com a mentalidade antiga, que insiste em viver no passado e que para se defender dessa inquestionável evolução luta contra tudo e todos.

Não me refiro aqui a professores que não querem participar de competições, não vejo nenhum problema nisso e esse caminho pode ser muito legal de se percorrer e com chance de bastante sucesso.

Me refiro aquele que tenta se manter na zona de conforto e resiste a qualquer mudança, na esperança que a forma como ele foi criado ressurja, mesmo que não haja nenhuma evidência apontando para isso.

Esse professor infelizmente para ele e felizmente para o jiu jitsu está com seus dias contados. É mudar ou morrer.

O mercado vai ficar muito difícil para ele, que pode desistir ou ainda pior aguentar até que o jiu jitsu desista dele.

É uma realidade triste, porém não é uma exclusividade do jiu jitsu, todos os mercados e cada vez com mais velocidade criam novos modelos de negócio e práticas antes vencedoras ficam obsoletas da noite para o dia.

No jiu jitsu esse cenário vem se desenhando há alguns anos, inúmeros professores já saíram do mercado ou perderam total relevância como referências do esporte pelo simples fato de não se permitirem sair da zona de conforto e evoluir com o todo.

Meu recado para esses professores é que se desprendam da vaidade e do ego e se concentrem em entregar um melhor serviço a seu aluno/cliente, se concentre em faze-lo feliz e desvista essa máscara de “mestrão” que tenta criar discípulos a moda antiga.

O mercado do jiu jitsu em poucos anos vai receber uma garotada muito mais preparada em todos os sentidos para dar continuidade a essa evolução, garotos criados dentro de uma metodologia de ensino (praticada nas melhores escolas hoje) que saberão gerir seus negócios e que principalmente vão trabalhar para o crescimento do todo (quando a maré sobe todos os barcos sobem).

Quem estiver nessa situação e ainda quiser se salvar é preciso entender que o tempo está passando e logo será tarde demais.

O jiu jitsu é muito maior do que qualquer um de nós e ele vai seguir seu curso de evolução independente do que eu ou você fizermos, só precisamos decidir se vamos permanecer parte dessa história até o final ou se seremos alijados do mercado por ir contra a evolução. É mudar ou morrer.

 

Forte abraço

Fabio Gurgel