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Miyamoto Musashi e o Jiu Jitsu: o caminho além da espada

Miyamoto Musashi e o Jiu Jitsu: o caminho além da espada

Miyamoto Musashi, o caminho além da espada

Miyamoto Musashi é conhecido como o maior samurai de todos os tempos. Mas quem o conhece apenas pelos duelos lendários, talvez não conheça sua verdadeira história.

No romance de Eiji Yoshikawa — muito mais do que uma biografia, um retrato humano — vemos um homem que começa brutal, impulsivo, quase selvagem. Takezo, seu nome original, vence com força, mas vive perdido. É só depois de muitas quedas, de solidão e reflexão, que ele começa sua transformação. Surge então Musashi — não só o guerreiro invencível, mas o homem em busca de sentido.

No Jiu-Jitsu, essa transição é conhecida por muitos. Começamos guiados pela vontade de vencer. Lutamos. Sofremos. Evoluímos. Mas chega uma hora em que o desafio muda: será que viver da luta é o mesmo que viver pelo Jiu-Jitsu?

Assim como Musashi, muitos lutadores enfrentam esse dilema quando o corpo já não responde como antes. Será que acabou? Não. Apenas mudou.

Deixar de competir não é abandonar a espada. É entender que o Jiu-Jitsu não termina no pódio. Ele continua na missão de ensinar, inspirar, construir. De tornar a arte maior.

O guerreiro que segue no caminho entende que seu papel pode se transformar — mas seu propósito não. Ele pode virar professor, mentor, gestor, pai de um aluno, ou apenas alguém que segue praticando e transmitindo valores. E tudo isso importa. Porque quando o Jiu-Jitsu é vivido como ideal — e não só como profissão — seus efeitos de segunda ordem alcançam o mundo. Formam pessoas. Criam legados.

No fim, Musashi entende que sua verdadeira vitória não estava em derrotar Sasaki Kojiro — mas em vencer a si mesmo, lapidar a alma e se tornar útil ao mundo.

Esse também pode ser o nosso caminho.

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